O que é crioterapia?

A crioterapia é uma prática onde todo o corpo fica imerso em água a temperaturas muito baixas durante um curto período de tempo. 

Geralmente é feito com água entre 14°C e 3°C, por 1 a 8 minutos.
E por que alguém escolheria “cagar-se” de frio? Porque a crioterapia traz um grande número de benefícios, tanto para o corpo como para a mente.

• Recuperação muscular.

• Redução da inflamação e da dor.

• Melhor humor e menor nível de estresse.

• Fortalecimento do sistema imunológico.

Muitas vezes as pessoas nos abordam para perguntar se isso é verdade, se o frio pode realmente gerar todas essas coisas no nosso corpo. E a realidade é que sim.

Quando entramos na água a baixas temperaturas, um grande número de processos são ativados, em paralelo, em todo o corpo: a nível químico, nos músculos, na circulação sanguínea.

Vamos, parte por parte, entendendo o que acontece conosco quando fazemos crioterapia.

O coração e o sistema circulatório

No momento em que o corpo entra em contato com a água fria e fica rodeado por ela, é gerado algo que os fisiologistas chamam de “resposta ao choque frio”. Isso significa que os receptores de temperatura na pele detectam a água gelada e fazem com que os vasos sanguíneos nas extremidades se contraiam para conservar o calor no centro do corpo. Ou seja, o sangue é levado das extremidades para o centro, onde estão localizados os órgãos mais vitais que precisam de “proteção”.

A vasoconstrição inicial é seguida por vasodilatação, ou seja, um alargamento dos vasos sanguíneos à medida que o corpo tenta manter uma temperatura corporal central constante.

Como sentimos isso? No início (aproximadamente nos primeiros 30 segundos) uma aceleração do coração. Vamos sentir muito mais as batidas. Isso é normal, pois a vasoconstrição inicialmente aumenta a pressão arterial. Mas então o BPM começa a cair devido a uma combinação de: (a) reflexo de mergulho, pelo qual o coração bate mais devagar para conservar oxigênio, e (b) estimulação do nervo vago, que promove um estado de relaxamento.

E para que serve tudo isso? A alteração no fluxo sanguíneo (vasoconstrição e dilatação) faz com que o coração bombeie com mais força e o sangue flua mais rápido, circulando pelo sistema cardiovascular, enriquecendo-se com oxigênio, boas enzimas e nutrientes. Terminada a prática, o sangue volta a transportar mais nutrientes e oxigênio para as extremidades. Todo esse exercício fortalece nosso coração.

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Os músculos

Um dos efeitos mais conhecidos da crioterapia é o antiinflamatório.

Exercícios intensos, como levantar pesos pesados ​​ou treinos longos e intensos, causam rupturas microscópicas nas fibras musculares. Em resposta, a inflamação inicia o processo de cura e regeneração das fibras afetadas.

A exposição ao frio ativa o antiinflamatório norepinefrina, que reduz o inchaço e alivia a dor. Além disso, a vasoconstrição e a dilatação explicadas acima ajudam a reduzir o fluxo sanguíneo para a área afetada, o que também pode ajudar a reduzir a inflamação.

Então, à medida que o corpo começa a retornar à temperatura normal, o sangue volta a circular mais rápido, permitindo que chegue mais rapidamente aos músculos danificados, acelerando assim o processo de reparação muscular.

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A mente

Quando mergulhamos em água fria e a temperatura corporal cai significativamente, o cérebro e outros órgãos liberam certos hormônios e neurotransmissores do bem-estar, como endorfinas, dopamina, noradrenalina e noradrenalina.

A explicação “científica” tem a ver com a nossa evolução. O corpo libera automaticamente esses neuroquímicos em contextos de estresse. Uma vez que nos fazem sentir melhor e aliviam sentimentos de exaustão ou fadiga, isto pode ter sido útil para garantir a sobrevivência dos nossos antepassados ​​em ambientes hostis.

O principal efeito das endorfinas é aliviar a dor, desconforto ou estresse no corpo. Daí o seu nome: a palavra é uma mistura de endógeno e morfina, já que a endorfina é um analgésico natural.

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A gordura

Quando somos expostos a uma mudança de temperatura, os receptores de frio na pele enviam um sinal ao centro regulador da temperatura no cérebro, o hipotálamo. Como temos muitos receptores de frio em nossa pele, é gerado um rápido aumento de neurotransmissores (os “mensageiros”) no cérebro: norepinefrina, adrenalina e cortisol. O aumento da noradrenalina ativa imediatamente a gordura marrom.

Essa gordura é muito diferente da gordura branca (o que comumente conhecemos como “gordura ruim”), pois é metabolicamente ativada, aumentando o gasto energético e, portanto, queimando calorias quando ativada.

A gordura marrom também estimula o crescimento das mitocôndrias nas células. No frio, as mitocôndrias ativam as células e absorvem glicose (açúcar) e gordura da corrente sanguínea para manter a termogênese elevada. Desta forma, também estamos gerando uma perda de gordura prejudicial à saúde.

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É assim que, de forma muito resumida, a crioterapia pode ativar um grande número de processos no corpo e na mente, que são extremamente benéficos.

Isenção de responsabilidade: todas as pessoas que queiram iniciar esta prática, especialmente se tiverem algum tipo de doença ou condição, deverão consultar, sem exceção, o seu médico de família. Este artigo reúne informações de diversos profissionais e artigos científicos, mas não se trata de informação médica.

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